Hoje de manhã, conversando com meus alunos do curso de Jornalismo, mais uma vez falei da editoria de Cultura. Esta é a editoria mais importante de qualquer jornal, e nem sempre os jornais se dão conta e se aproveitam disso.
Na verdade, todas as outras editorias, a de Ciência, Ambiental, Geral, Política, Economia, enfim, todas são resultado do que as pessoas são culturalmente. E os assuntos levados em conta também resultam da atitude cultural de cada cidade. Exemplifiquei com o caso do regime coletivo realizado em Lagoa dos Três Cantos, aqui no Rio Grande do Sul. Lá na cidade, de mil e poucas pessoas, havia uma cultura (a da comida e tradição alemãs). Outra cultura foi, de certo modo, imposta (a do regime, da saúde e da beleza - na condição estética). E a mídia chegou para mostrar esta mudança de culturas (que foi parar na editoria de saúde ou geral, por exemplo). Quando a mídia esgotou as possibilidades de matérias jornalísticas (nada mais natural), a televisão, o rádio, o jornal e a internet pararam de mostrar aquela forma de cultura, e a população recuperou todo o peso novamente (saiu da cultura do regime de volta para a cultura das tradições). Tudo isso aconteceu por influências culturais, que desembocam na mídia/imprensa.
Além disso, todo mundo possui diferentes identidades, negociadas e desempenhadas em lugares e contextos específicos. E essas identidades influenciam as pessoas nas suas decisões, na sua educação e nas suas escolhas. E, de modo direto ou indireto, isso é retratado na editoria de cultura.
Quanto à imprensa, independente da qualidade do texto (que se espera ser ótima), do formato, da extensão da reportagem, do fácil entendimento, da padronização ou não do texto, é através dos veículos de comunicação que as pessoas compreendem o mundo. Se uma pessoa vive ou não uma determinada realidade, ela se prende ao jornal para saber mais sobre aquilo. O jornal traz ao leitor uma visão de mundo, por isso o jornalismo dificilmente é imparcial. Ele tenta, mas não é. Isto em razão da individualidade de cada profissional. Todos os jornalistas, por exemplo, têm a sua individualidade, os seus valores, as suas crenças. E isto o influencia na hora de trabalhar e mostrar o seu texto. E as individualidades mostram as identidades que mostram as culturas.
Esta questão da individuaidade, e por conseüência das ideologias de cada um, pode ser percebida nas escolhas de pauta de um jornal. Nem sempre o que está nas páginas de um periódico é realmente notícia (no sentido de que algo aconteceu). E sim, na maioria das vezes, uma informação foi "plantada". Não na acepção da manipulação, mas referindo-se a algo que o jornalista pensou e que possa ser de grande valia ao leitor. Este item das pautas reflete bem como o jornalista precisa transitar entre a alta sociedade e o povo. No sentido de que, na verdade, a profissão de jornalista é ser um mediador de culturas (culturas que geram fatos e histórias). E um texto escrito por um jornalista deve ser entendido por qualquer pessoa, de qualquer grau de instrução e nível cultural (nível cultural, aqui, é no significado dos diferentes tipos de aprendizados de cada cidadão).
E, pra terminar, não se pode esquecer que o jornalismo exerce nas pessoas uma atração (de glamour, fantasia), justamente pela função social que a profissão protagoniza. Mas isso dá muito pano pra manga... a discussão vai longe! Foi só um comentário que quis deixar aqui.
Na verdade, todas as outras editorias, a de Ciência, Ambiental, Geral, Política, Economia, enfim, todas são resultado do que as pessoas são culturalmente. E os assuntos levados em conta também resultam da atitude cultural de cada cidade. Exemplifiquei com o caso do regime coletivo realizado em Lagoa dos Três Cantos, aqui no Rio Grande do Sul. Lá na cidade, de mil e poucas pessoas, havia uma cultura (a da comida e tradição alemãs). Outra cultura foi, de certo modo, imposta (a do regime, da saúde e da beleza - na condição estética). E a mídia chegou para mostrar esta mudança de culturas (que foi parar na editoria de saúde ou geral, por exemplo). Quando a mídia esgotou as possibilidades de matérias jornalísticas (nada mais natural), a televisão, o rádio, o jornal e a internet pararam de mostrar aquela forma de cultura, e a população recuperou todo o peso novamente (saiu da cultura do regime de volta para a cultura das tradições). Tudo isso aconteceu por influências culturais, que desembocam na mídia/imprensa.
Além disso, todo mundo possui diferentes identidades, negociadas e desempenhadas em lugares e contextos específicos. E essas identidades influenciam as pessoas nas suas decisões, na sua educação e nas suas escolhas. E, de modo direto ou indireto, isso é retratado na editoria de cultura.
Quanto à imprensa, independente da qualidade do texto (que se espera ser ótima), do formato, da extensão da reportagem, do fácil entendimento, da padronização ou não do texto, é através dos veículos de comunicação que as pessoas compreendem o mundo. Se uma pessoa vive ou não uma determinada realidade, ela se prende ao jornal para saber mais sobre aquilo. O jornal traz ao leitor uma visão de mundo, por isso o jornalismo dificilmente é imparcial. Ele tenta, mas não é. Isto em razão da individualidade de cada profissional. Todos os jornalistas, por exemplo, têm a sua individualidade, os seus valores, as suas crenças. E isto o influencia na hora de trabalhar e mostrar o seu texto. E as individualidades mostram as identidades que mostram as culturas.
Esta questão da individuaidade, e por conseüência das ideologias de cada um, pode ser percebida nas escolhas de pauta de um jornal. Nem sempre o que está nas páginas de um periódico é realmente notícia (no sentido de que algo aconteceu). E sim, na maioria das vezes, uma informação foi "plantada". Não na acepção da manipulação, mas referindo-se a algo que o jornalista pensou e que possa ser de grande valia ao leitor. Este item das pautas reflete bem como o jornalista precisa transitar entre a alta sociedade e o povo. No sentido de que, na verdade, a profissão de jornalista é ser um mediador de culturas (culturas que geram fatos e histórias). E um texto escrito por um jornalista deve ser entendido por qualquer pessoa, de qualquer grau de instrução e nível cultural (nível cultural, aqui, é no significado dos diferentes tipos de aprendizados de cada cidadão).
E, pra terminar, não se pode esquecer que o jornalismo exerce nas pessoas uma atração (de glamour, fantasia), justamente pela função social que a profissão protagoniza. Mas isso dá muito pano pra manga... a discussão vai longe! Foi só um comentário que quis deixar aqui.
5 comentários:
Concordo contigo Robes! Ótimo texto!
Muito Bom! Nunca tinha pensado nisso! bem legal.
Andei lendo outros textos. Todos os ótimos como você Robis. Concordo com tudo!
Mais um meio para buscar informações das mais variadas e do caralho.
Quero uma foto com você para a posteriedade!
Hehehehe.
Abraços.
É, eu preciso de aulas de datilografia! hahaha.
Este texto poderia ser adequado ao site A Metade Sul.
O que achas?
P.R.Baptista
contato@videverso.com
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