3.4.08

Tempo, tempo, tempo.

Aviso aos navegantes!!

Com a letra da canção A VERDADE SOBRE O TEMPO, o blog SantaSaliência toma uma decisão importante: assim como a banda Los Hermanos, entra em recesso por tempo indeterminado.

Obrigada a todos que perambulam por aqui.

"A VIDA É COMO UM GÁS/ SÓ UM SOPRO, SÓ UM VENTO, NADA MAIS".


A verdade sobre o Tempo (John Ulhoa), de Pato Fu:

Ele pensa que a vida ficou pra trás
Então finge que nem liga que tanto faz
Ou não, ou não, a vida é como um gás
Só um sopro, só um vento, nada mais

E o ar que já lhe passou pelos pulmões
De tão velho já quer ir descansar
Daqui pro futuro falta só um piscar
Que é pro tempo não mais nos enganar

Ele agora vê que o tempo é uma ilusão
E o passado são as linhas em suas mãos
Ou não, ou não, a vida é muito mais
Que os dias, que os deuses, que jornais

E o ar que já lhe passou pelos pulmões
De tão velho já quer ir descansar
Daqui pro futuro falta só um piscar
Que é pro tempo não mais nos enganar

Ou não, ou não, a vida é como um gás
Só um sopro, só um vento, nada mais




12.3.08

Crônica

Hoje, além de ir ao poder, um texto de Guilherme Cruz:


Hoje, eu fui o poder

Hoje é uma quarta-feira, sempre gostei das quartas-feiras, soa melhor do que segunda-feira ou outra feira qualquer. No meu gabinete estou finalmente só, acredito que também sou o único em todo prédio. Pra falar a verdade há meses estou só, espremido pelo antipoder da oposição - estou me distanciando de mim mesmo.

Comecei uma carta relatando tudo o que sinto, tudo que espero, tudo que eu não verei, se algum dia essas premonições virem a acontecer. Chegar a essa decisão não foi fácil, mas cheguei ao topo e sem ter pra onde ir resolvi me atirar dessa longitude. Resolvi parar a bendita carta, tem uns erros de português que preciso rever e procurar as benditas balas, ou projétil como diriam os meus aliados.

Alguém andou mexendo em meu gabinete, será que sou tão previsível que já suspeitaram da minha vontade e sumiram com as balas?

Já olhei por toda a mesa, fui até o armário à esquerda no mesmo pote de onde tirei esse papel e essa caneta falhante azul, e nada. Resolvi olhar no fundo falso da minha foto na parede, e nada também. Joguei tudo o que tinha nas gavetas, revirei toda a sala e nenhuma bala!! Como o que achei foi somente papel e caneta, resolvi escrever pra reorganizar minhas idéias.

Como vocês bem sabem, sou um homem do povo, saí da barranca e controlo hoje uma imensidão ainda carregado pelo povo. Sou um homem, um estadista, um Deus! Passar por tudo e por todos, e assim perder o poder não admitirei, ninguém é homem o suficiente para me tirar daqui – só mesmo eu! (Cadê essas balas?)

Eu choro porque não tem solução, como o país sobreviverá sem mim? Eu que o conduzi aos seus mais belos momentos de democratização. Não conseguirão viver sem O Meu Brasil, e Eu sem o Poder! A pressão nas tribunas me deixa amarrado pela minha faixa presidencial, me figurando com um alvo gigantesco, pois querem tirar o meu direito. Logo eu...(cadê essa maldita bala)... que consegui dar um golpe em mim mesmo, nem Napoleão teve tempo de pensar nessa.

Mas o presente é esse e ponto. Agora só penso no futuro...(e nas balas)... como será o meu futuro? A minha casa na barranca terá o cheiro da minha amada, ou mesmo lá terei que ouvir discursos daquele rapazote boêmio e do outro da fala estranha? Pois já vejo que eles arrumam o seu cantinho eterno no meu jardim da paz. O meu casebre terá assinatura ilustre e todos pisotearam as minhas façanhas como se eu fosse comum a eles. Esse é o meu destino se eu encontrar as balas.

Aqui!! Pronto, agora sim!! Encontrei-as dentro da arma, realmente sou mesmo previsível. Deixa-me voltar à carta, antes de decretar o fim da minha era...Quer saber, eles vão modificar mesmo ela, então deixo um último trabalho pra entrar para a História. Só vou anotar essa daqui que foi boa, eles podem usar depois. O que seria do poder sem mim.

Guilherme Cruz

7.3.08

"Resenha Pessoal"

O “Beatle George” de dentro de cada um

Desde novembro do ano passado, não consigo parar de ouvir “Beatle George” de Júpiter Maçã. Essa é a música que mais me encantou nesses últimos tempos, talvez porque a canção tem o poder de fazer com que a gente se pareça com o personagem da música.

“Beatle George” faz parte de um finíssimo compacto em vinil com apenas mais uma música: “Scotch and Coffee at Regent Street”. As duas elegantes faixas são de autoria do sempre inesperável e inspirável Júpiter Maçã, produzido por ele mesmo e também pelo Thomas Dreher. O compacto é assinado pela Monstro Discos e Nolandman.

Senti vontade de escrever sobre a música não porque entendo de alguma coisa. Pelo contrário: entendo pouco de música, de rock e de letra. Mas entendo do que gosto. Esses dias resolvi “fazer bem a quem me ama”. Botei um tênis e fui caminhar ao redor de uma praça de pessoas felizes, cachorros felizes, árvores felizes e sombra feliz. Fui pensar, para ver se voltava pra casa mais calma dos “realismos sociais” que cutucavam o meu dia. Enquanto caminhava, lá pelas tantas o meu mp3 me trouxe com alegria os primeiros acordes de uma melodia gostosa, que, para mim, serve como ápice da exultação. E à medida em eu deslizava pelas calçadas da praça, sentia-me inebriada pela paisagem e pela letra da música que parecia feita pra mim:

“Eu deveria parar de beber
Porque ha, eu não estou
Fazendo bem a quem me ama

Devia me converter ao induismo
Comida vegetariana, mantras e krishna
Ha, aonde foi parar aquele menino
Que ha, queria cantar como o beatle george
Aleluia, rare krishna,
Krishna, krishna, aleluia

Ha, aonde foi parar aquele menino
Que ha, queria cantar como o beatle george
Aleluia, rare krishna,
Krishna, krishna, rare rare
Rare rama, rare ra
Rama rama, aleluia”.

Enquanto Júpiter cantava eu pensava que cada frase dessa canção já passou pelos meus planos de mudança. Já quis parar de beber, pensei em me converter em algo legal e não muito chato e careta e até hoje luto para virar vegetariana, mas quando vejo uma carne todo o meu esforço vai por terra. E, também, já quis cantar como Beatle George. Me contentaria com Marcelo Camelo, ou Rita Lee, mas sei que nem com cursinho de músicas para chuveiro eu me sairia bem.

Essa música, enquanto letra, me mostra que não adianta querer ser o que não se é; porque senão, depois disso, vem o arrependimento e a decepção.

No meu mp3 “Beatle George” acabou e eu a botei pra tocar de novo. Afundei a praça. Andei, andei, pensei. Pensei em todas as coisas e todas as possibilidades que nos fazem crescer, e (des) acreditar na vida e nos seus detalhes. Assim como as histórias da vida nos fazem ser personagem de um “cordel de amor sem fim”, igual ao teatro da Trupe Sinhá Zózima, a vida nos prega peças que a partir de uma certa idade a gente já pode pensar sobre ela, vangloriá-la, contestá-la ou apenas lamentá-la. Um lamento de nós mesmos, na esperança de mudar.

Caminhei pela praça tentando mudar. Mas, numa certa altura, sentei num banco e acendi um cigarro. Recomecei a ouvir a música no mp3. Têm coisas que não se mudam.

5.3.08

Falando de sexo

Essa é uma brincadeira inventada pelo Guinnes Book e Binha Creide.

Se você tivesse que, obrigatoriamente, fazer um "sexus" com uma dessas pessoas, qual você escolheria?

Derci Gonçalves

ou

Araci Balabanian











Primeira conc
orrente, Derci Gonçalves












Segunda concorrente, Araci Balabanian



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Semana que vem mudam as opções...

3.3.08

Crônica

Eu e o homem das “Comédias da vida privada”

Sábado passado entrevistei meu ídolo: Luis Fernando Verissimo. O autor esteve em Passo Fundo não para escrever nem palestrar (sic!), mas para tocar. Pra quem não sabe, Verissimo enche suas bochechinhas de ar e toca sax como ninguém. Ele fez um show com o seu grupo Jazz 6 no mesmo dia, à noite, no Teatro do Sesc. À tardinha, eu e meu colega da Beterraba Filmes fomos entrevistá-lo para um DVD de música que estamos produzindo. E eis que tudo aconteceu.

Quando chegamos ao hotel em que meu ídolo máximo se hospedaria (porque ele ainda não tinha chegado de Porto Alegre), eu já estava pra lá de Bagdá, vinda de um almoço (almocei 15h30min) com umas duas cervejas na cabeça. Pra mim, duas cervejas na cabeça são um verdadeiro desastre. Pois cheguei e tomei todos os cafés do hotel esperando o “Luis”. Ficamos conversando com outros jornalistas, que também esperavam o cara. Quando ele chegou meu coração gelou:

- Meu Deus, o Luis!

Ele entra. Tímido, como sempre. Camisa azul, calça marrom e sapato marrom sem meia. Cumprimentou um por um. Quando chegou até mim, alguém apresentou:

- Luis Fernando, esta é a jornalista Roberta Scheibe!

E eu que uma vez, ainda estudante, enviei um e-mail a ele - para minha monografia sobre a obra Comédias da vida privada” - chamando-o de “oi Luis”, e ele me respondeu como “prezada Roberta”, lembrei-me de imediato o quanto esse cara, por incrível que pareça, tem uma educação formal. E larguei:

- Tudo bom Verissimo?!

Ele balbuciou qualquer coisa que nem me preocupei em entender.

O autor do “Chivas Regal dos Whiskys” sentou na cadeira do entrevistado. No meio jornalístico Verissimo é conhecido por falar muito pouco, o que significa um problema para nós, jornalistas. No exato momento em que o autor sentou em sua cadeira Taís Rizzotto, que faria a entrevista primeiro, disse:

- Nós vamos bater um papo, vou te perguntar sobre a sua vida, e você pode falar sobre os fatos que quiser...

Eis que ele disse algo como:

- Eu não vou querer.

Isto, senhores, não representa uma grosseria, e sim uma timidez sem tamanho. A Taís só me deu uma olhadinha. Eu pensei: “Ai senhor, na minha vez ele vai estar louco da vida”! Imaginei o quanto seria difícil para o homem dar entrevista com quatro pessoas assistindo. A estas alturas, eu fiquei responsável de ajudar a Taís Rizzotto fazendo sinal, com as mãos, sobre o tempo que se passava na entrevista. Para desespero da jornalista e alívio do cronista, a cada cinco minutos eu levantava os cinco dedos no ar avisando que o tempo passava, e tanto a apresentadora quanto o meu ídolo me olhavam com o rabo dos olhos.

Quando chegou minha vez de entrevistá-lo, enquanto o cinegrafista arrumava a câmera, fui conversar com o escritor. Expliquei como seria o trabalho e que eu teria apenas três perguntas para lhe fazer, especificamente sobre um novo cantor de MPB. Ele disse que sim. Eu disse-lhe quais seriam as perguntas:

- Estas são as perguntas, mas na hora da gravação eu lhe pergunto e você responde uma por uma – expliquei. Ele fez um sinal de “sim” bem querido.

Na hora da gravação ele respondeu as três perguntas juntas em três frases. Eu refiz as perguntas e formulei algumas novas, na esperança de que a timidez dele o abandonasse um pouco e o deixasse formular falas tão boas quanto as frases escritas. Mas isso é um detalhe que não tem remédio, ele mesmo já escreveu que a pessoa que escreve parece outra da que fala.

Quando enfim terminei as perguntas, ele soltou um suspiro e disse:

- Pronto?

- Pronto, Verissimo!

Prontamente seu microfone de lapela foi retirado, ele cumprimentou singelamente a todos e saiu para descansar. Nós ficamos fofoqueando sobre a sua timidez e eu falei umas mil vezes (incluindo ida e volta da entrevista, dentro do carro) que o cara é meu ídolo. O bom, pelo menos, é que me fiz de difícil na frente dele: O meu “Tudo bom Verissimo?!” escondia, na verdade um “Eu te amo!!! Você é a luz de minha existência! O cronista que mais fez parte de minha vida”! Mas consegui disfarçar legal. E passei a entrevista inteira olhando da cara para os sapatos sem meia de meu ídolo.

27.2.08

Arctic Monkeys - Fluorescent Adolescent

Mais uma dica de Carlos Teston, da Beterraba Filmes.
Clipe de Artic Monkeys. Quem não entender a letra e ficar curioso, a letra é essa aqui, ó:

Fluorescent Adolescent (Tradução)
Composição: Alex Turner

Garoto Desprezível

Você costumava pegá-los na sua meia arrastão
Agora você só consegue se estiver usando sua camisola
Deixou de lado todas as noites de perversão, por educação
Desembarcou em uma crise muito comum
Tudo está em ordem dentro de um buraco negro
Nada parece tão bonito quanto o passado
Aquele Bloody Mary está precisando do Tabasco dela
Lembra quando ele costumava ser um canalha?

Oh, aquele garoto é desprezível
O melhor que você já teve
O melhor que você já teve
É apenas uma memória e aqueles sonhos
Não eram tão estúpidos quanto pareciam
Não tão estúpidos quanto pareciam
Meu amor, quando você os sonhou...

Dando petelecos em um livrinho com dicas de sexo
Lembra quando os garotos ficavam todos elétricos?
Agora quando ela conta que vai conseguir
Eu fico supondo que ela tenha preferido apenas esquecer
Me contendo para não ficar sentimental
Disse que ela não iria mas, apesar disso, ela foi
Como um cavalheiro que não é gentil
Este era o objetivo ou uma aposta escrita a lápis?

Oh, aquele garoto é desprezível
O melhor que você já teve
O melhor que você já teve
É apenas uma memória e aqueles sonhos
Não eram tão estúpidos quanto pareciam
Não tão estúpidos quanto pareciam
Meu amor, quando você os sonhou...
Linda, onde você foi?
Onde você foi?
Onde você foi? Woah.

Descendo a isso
Você abandonou a Travessa da Última Gargalhada
Você apenas deu uma risada
Você não volta mais.

Descendo a isso
Você abandonou a Travessa da Última Gargalhada
Você apenas deu uma risada
Você não volta mais.

Você costumava pegá-los na sua meia arrastão
Agora você só consegue se estiver usando sua camisola
Deixou de lado todas as noites de perversão, por educação
Desembarcou em uma crise muito comum
Tudo está em ordem dentro de um buraco negro
Nada parece tão bonito quanto o passado
Aquele Bloody Mary está precisando do Tabasco dela
Lembra quando ele costumava ser um canalha?

26.2.08

Crônica

O caso do funcionário público

Esses dias fui caminhar na praça em frente ao hospital da cidade, aqui em Passo Fundo. Quando enfim consegui enfiar um tênis nos pés, minha preguiça era tanta que quase descalcei os tênis e voltei a dormir. Mas como a vida ajuda os persistentes, resolvi fazer um cooper.

Levei cinco minutos para chegar na praça. São duas quadras da minha casa até o lugar de caminhar. Quando avistei o “caminhódromo”, que tem vários lugares planejados para as pessoas fazerem exercícios físicos, preferi começar dando uma volta pela praça. Na primeira volta que eu dei, quando passei por um gramado, vi um funcionário sentado, com a vassoura aos seus pés. Mais adiante, um outro funcionário da prefeitura que cortava a grama desligou a máquina e sentou num banco da praça. Puxou uma garrafinha de água, tomou, e levantou a camiseta para cima da barriga. Ficou com a pança de fora e permaneceu sentado bem à vontade naquele banquinho. Pensei: “queridos, descansando do sol”... Depois o da vassoura começou a varrer e o da máquina de cortar grama nem se mexeu.

Eu segui com minha caminhada. Passei uma, duas, três, quatro vezes por aquele lugar, e o homem da máquina de cortar grama permanecia lá, descansando. Então eu resolvi caminhar pelos outros lugares no meio da praça. Passei mais uma meia hora me exercitando. Depois disso, voltei a andar ao redor da praça. 30 minutos depois de eu ter iniciado minha caminhada (e do funcionário da máquina ter sentado) ele permanecia lá, com uma cara de paisagem, debaixo da sombra que escondia o sol de 10 horas de uma manhã de mormaço.

Quando eu estava quase chegando perto do cara de novo, o outro homem, o da vassoura, sentou ao lado do funcionário que cortava a grama. Se encostou com as mãos na vassoura e ficou olhando para o horizonte (no caso o horizonte dava para a fruteira em frente). Ao passar caminhando a mil pelo Brasil pela décima vez, os dois ficaram me olhando, como quem admirasse minha disposição (que ainda assim não dá um quinto da disposição dos atletas de final de semana). Passei. Dali a pouco estava eu de novo na frente dos dois a passos largos. 45 minutos de caminhada! E então eu escutei o fim de uma conversa:

- Pois é, é assim...

- É, pra resolver isso só com um trinta.

Curiosa do jeito que sou, pensei: do que os caras tão falando? Que trinta seria esse? Trinta de “trinta de revólver”? Trinta de “trinta dias para a demissão”? Trinta de “trinta reais”? Ou seria um trinta de “trinta anos de idade”?

Dei mais umas cinco voltas na praça pensando no “trinta”. O que a frase “pra resolver isso só com um trinta” queria dizer? Eu não sabia o início nem o final da conversa, então, também, não poderia deduzir nada...

Dali a pouco o cara da vassoura saiu. O da máquina ficou lá, com a pança de fora e a camisa pendurada quase no pescoço. Quando fechou uma hora de caminhada fui me dirigindo pra casa, não sem antes passar pelo homem da máquina de cortar grama, que depois de uma hora sentado, conservava-se lagarteando na sombra, com a máquina de cortar grama parada ao seu lado. Ele não dava sinais de levantar muito cedo daquele banco.

Fui embora pensando nos trinta e na folga, que é suscetível ao estado de espírito de cada um...

18.2.08

Traficando Informação

Essa é a sugestão de Carlos Teston, no que se refere a uma boa produção em vídeoclipe. Dá uma assistida!

14.2.08

Coisas de crianças - parte II

Vizinho saliente!

Mais uma do meu vizinhozinho de Passo Fundo. É impressionante como toda e qualquer criança da face da terra adora falar em xixi e cocô. Pois esses dias meu vizinho de seis anos deitou-se na rede da sacada de sua casa e começou a cantar aquela música “era uma vez, um lugarzinho no meio do nada, com sabor de chocolate e cheiro de terra molhada”. Só que na verdade ele alterou a canção e cantava ela assim: “era uma vez... um lugar cheio de cocô, com sabor de caganeira, e cheiro de xixi molhado”... Depois que ele cantava ele ria por uns dois minutos e recomeçava, embalando-se na rede: “pra gente ser feliz, tem que fazer muito cocô.... e depois muito xixi”.... e ria de novo. Então escutei o pai do piazinho dizendo: “Nossa Senhora, mas que letra mais linda essa”. E o gurizinho ria mais alto ainda e continuava a cantar. Eu ria sozinha em casa. Mas o pior veio depois.... como música pega, estava eu tirando o pó da casa e cantando “era uma vez....um lugar cheio de cocô”...

À lá Hunter Thompson!

Wander Wildner dá uma de Gonzo na Rolling Stone!

O "melhor do mundo" punk gaúcho Wander Wildner incorpora um novo personagem: aparece como um amante espanhol louco por golfe, à lá Hunter Thompson. Tudo isso é em função de seu novo álbum, o Lá canción inesperada, que conta com Rodrigo Barba na bateria (do Los Hermanos) e o Cassin na produção (produtor do Los Hermanos e músico da Orquestra Imperial).
Quer saber mais? Tudo isto e muito mais sobre o Wander está na nova edição da revista Rolling Stone. Compre e leia!

13.2.08

Coisas de crianças - parte I

Gelo acaba!


Essa história que eu adorei aconteceu com minha vizinhazinha de Chapacity, a Laura. Acho que ela tem um ou dois anos... Quem me contou o fato foi meu também vizinho e primo Lauro e o irmão da Laura, o Pedro. Parece que foi assim:

Num almoço em família e entre amigos a mãe da Laurinha ofereceu um suco com gelo para todo mundo. Dali a pouco a Laura grita:

- Meu gelo sumiu! Quem pegou o meu gelo!?

Ela olhou para o lado do meu primo Lauro e disse:

- Foi tu!

E o Lauro, de imediato:

- Eu não, tá louca? Gelo acaba!

A Laura se virou para o irmão dela:

- Pedro, por que tu pegou o meu gelo!

- Eu não peguei o teu gelo Laura. O gelo terminou!

Laurinha, indignada, bradou:

- Vocês pegaram o meu gelo e estão me mentindo que ele acaba!

Voltando à ativa!

Enfim minha preguiça acabou e eis aqui a primeira publicação de 2008. Já era hora.
O blog tá de cara (e conteúdo) novo.

A nova campanha publicitária do SantaSaliência é assim: escreva em um papel higiênico www.santasaliencia.blogspot.com e espalhe pelos banheiros do mundo.

Quem quiser escrever é só mandar e-mail para santasaliencia@yahoo.com.br.

Estamos aí...

Veja as primeiras fotos da campanha SantaSaliência:
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